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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ginástica Laboral: A Busca pela qualidade de Vida no Trabalho

Atualmente, vivemos em uma época de estresse epidêmico dentro e fora do trabalho. Pesquisas médicas comprovam que esses problemas estão relacionados diretamente com o cansaço mental e a falta de um ritmo de vida mais saudável. Muitos sonham com uma ascensão financeira, porém esquecem que possuem um corpo, e que este deve ser cuidado.


Atualmente, vivemos em uma época de estresse epidêmico dentro e fora do trabalho. Pesquisas médicas comprovam que esses problemas estão relacionados diretamente com o cansaço mental e a falta de um ritmo de vida mais saudável. Muitos sonham com uma ascensão financeira, porém esquecem que possuem um corpo, e que este deve ser cuidado.


Para tanto, a ergonomia é uma ciência multidisciplinar que estuda a relação do homem com o seu trabalho, tendo como objetivo principal a humanização e a melhoria da produtividade do sistema de trabalho, buscando fornecer meios e subsídios para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, adaptando o trabalho às características anatômicas, fisiológicas e psicológicas destes.




Neste mesmo diapasão, encontra-se a Ginástica Laboral, que, quando bem orientada, pode contribuir com a ergonomia, reduzindo as dores, fadiga, monotonia, estresse, acidentes e doenças ocupacionais dos trabalhadores (LER E DORT). Levando isso em consideração, grande parte da população tem buscado outra realidade. Longe da preguiça, muitos procuram um hábito de vida mais saudável, com um controle nutricional, ou a prática contínua de uma atividade física. Porém, a falta de tempo, tem sido evidenciada como o grande problema para grande da população ainda relutante para esse novo modelo de vida. Essa falta de tempo, aliada a obesidade, sedentarismo, tabagismo e ao stress, pode levar a uma série de doenças físicas e psicológicas como: a hipertensão, as cardiopatias, os problemas respiratórios, as doenças ocupacionais, a depressão, dentre outros.


Sendo assim, muitas empresas prevendo que esses problemas poderiam afetar direta ou indiretamente os ambientes de trabalho, têm procurado profissionais da saúde (médicos, profissionais de educação física, fisioterapeutas dentre outros) em busca de alternativas para melhorar a qualidade de vida de seus colaboradores dentro e fora do ambiente laboral.




Atualmente, depois de um longo caminhar (desde 1973), a atividade física na empresa, também conhecida como Ginástica Laboral, está mais presente em nosso cotidiano. Passando a funcionar como multiplicador da idéia de pessoas fisicamente mais ativas e conseqüentemente mais felizes e produtivas, essa metodologia vem revolucionando o comportamento preventivo, trazendo para o ambiente de trabalho momentos de gerenciamento do estresse e melhora do relacionamento interpessoal (social, afetivo e físico).


Seu surgimento ocorreu pela primeira vez no Brasil, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul (1973). Com a proposta da Escola de Educação Física FEEVALE – Federação de Estabelecimento de Ensino Superior, para a criação de centros de educação física junto aos núcleos fabris, a fim de proporcionar um programa de educação do físico, de compensação e recreação. Tal programação foi baseada numa análise criteriosa dos movimentos realizados pelos operários, buscando relaxar a musculatura mais utilizada durante a jornada de trabalho. Com a abertura econômica iniciada no governo Collor, e o conseqüente aumento da competitividade, as empresas brasileiras tiveram que reagir para sua mantença no mercado de trabalho. A classe empresarial, necessitou de um processo de modernização do seu pensamento, sendo verificado a necessidade de serem mais eficientes e participativos, passando a partir de então a investirem em programas de prevenção e manutenção da saúde, objetivando a qualidade de vida de seus funcionários e colaboradores.


O resultado foi expressivo e significativo, tanto que, logo após a implementação destes programas, os resultados começaram a surgir, desde a redução de gastos com seguro, processo de seleção e treinamento de substitutos dos funcionários, que acometidos por doenças, se afastaram do trabalho.


Frente a estes significativos resultados, a Ginástica Laboral começou a ser mais procurada, pois tem como finalidade a redução de todos estes problemas. Alguns estudos foram feitos para verificar os resultados da ginástica, tais como o de Kolling (1982) que verificou a redução da fadiga; Rocha (1999), estudou a influência na postura dinâmica do trabalhador; Martins (2000), analisou o aumento da flexibilidade e alteração no estilo de vida. Sendo que todos obtiveram resultados favoráveis.


Apesar do empresário indiscutivelmente lucrar com a diminuição do absenteísmo e o aumento da produtividade, é o empregado que sente, “na pele”, os inúmeros benefícios desta atividade, promovendo sua qualidade de vida no trabalho, inclusive tornando-o mais consciente das necessidades físicas, mentais e sociais. Compartilhando da visão de que os benefícios de recrutar, gerenciar e manter um grupo de funcionários saudáveis, está diretamente ligado à performance geral da companhia, algumas empresas brasileiras estão introduzindo a ginástica laboral como ferramentas para promover o bem estar de seus funcionários. Realizada no próprio local de trabalho, atuando de forma preventiva, lúdica e terapêutica, visando diminuir o número de acidentes do trabalho, prevenindo doenças originadas por traumas cumulativos, fadiga muscular, corrigindo vícios posturais e aumentando a disposição do funcionário ao iniciar e retornar ao trabalho, promovendo maior integração no ambiente de trabalho. Afinal, onde desenvolvemos nossa atividade laborativa, não deve ser o campo ideal para o desenvolvimento de patologias e angústias. Então, como podemos prevenir estas patologias? Primeiramente, identificar os riscos a que você está sendo submetido (no trabalho ou fora dele). Eliminá-los. Se você conhecer alguém no seu ambiente (trabalho ou não) que sente dores com alguma freqüência executando as mesmas tarefas que você, pode ser um alerta de que os riscos existem e você pode ser o próximo.


A melhor maneira de prevenir, é fazendo micro pausas (pequenas pausas rápidas) em qualquer atividade que se exerça repetitividade excessiva ou postura inadequada por tempo prolongado. Durante essas pausas faça alguns alongamentos para as áreas de seu corpo que estiverem executando a tarefa. Exatamente nesse ponto que entra a Ginástica Laboral, podendo ela ser preparatória (ao início da jornada de trabalho) ou compensatória (durante a jornada de trabalho). Consiste em exercícios específicos, realizados no próprio ambiente de trabalho, através de exercícios de mobilidade articular, alongamentos, massagens, técnicas de respiração e relaxamento.




Fonte : www.administradores.com.br

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